Tem por objetivo formar profissionais capacitados a atuar nas áreas de atuação da Geofísica, desde exploração de bens minerais em geral (especialmente petróleo e águas subterrâneas), até a problemas relacionados ao meio ambiente (avaliação de riscos ambientais, contaminação do solo e subsolo, etc.), no continente e nos oceanos.
IV Seminário Nacional de Geografia da Educação
O IV Seminário Nacional de Geografia da Educação abrangerá reflexões, colaboração e construção de conhecimento sobre o campo de estudos em ascensão chamado de Geografia da Educação. Compreendendo que a educação se situa em um espaço e tempo e que a ação política, econômica e a organização da sociedade influenciam diretamente no que se ensina, em como se ensina e nos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, faz necessário compreender a dimensão espacial que atravessa a educação.
Considerando a necessidade de ampliar o diálogo entre professores, pesquisadores e estudantes em formação, o evento tem a finalidade de discutir, refletir e construir conhecimento com aporte em experiências de ensino, de pesquisa e de extensão desenvolvidos no âmbito da universidade, bem como nas experiências vivenciadas ou percebidas nas escolas, bem como aprofundar o desenvolvimento da ciência geográfica.
O evento é uma realização conjunta entre docentes da UFF, da UFRJ, do Colégio Pedro II e da UFCG. Nesta terceira edição, a organização das mesas redondas tem como foco e propósito possibilitar discussões não só sobre o papel da Geografia na Educação, mas também sobre o lugar do currículo e da política da educação.
Projeto do LAGEF Analisou a Costa do Rio Paraíba do Sul de 1954 a 2018.
O distrito de Atafona, localizado no município de São João da Barra (RJ), perdeu cinco quarteirões por conta da erosão costeira crônica, enquanto outros sete ficaram parcialmente danificados no período entre 1976 a 2018. A informação foi apontada pelo projeto “Comportamento da linha de costa e vulnerabilidade à erosão costeira no complexo deltaico do rio Paraíba do Sul (RJ)” do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF). A pesquisa realizou o estudo da dinâmica da linha de costa (LC) no flanco meridional do delta do rio Paraíba do Sul entre 1954 e 2018.
Mapa analisado pelo estudo e área dos perfis de praia. Foto: Artigo.
De acordo com dados do Censo 2022, cerca de 111 milhões de pessoas no Brasil, aproximadamente 54,8% da população, vivem próximas ao litoral, em uma faixa de território que inclui domicílios localizados a uma distância máxima de 150 quilômetros (km) da costa. Apesar do potencial econômico, essas áreas sofrem influência direta de processos associados às ondas e correntes, o que demanda estudos de LC para analisar as variações morfológicas e as ações de erosão costeira.
Segundo a professora do Departamento de Geografia da UFF e vice-coordenadora do Laboratório de Geografia Física (LAGEF- UFF), Thaís Baptista da Rocha, a incidência de energia de ondas concentradas é um dos motivos principais para a ocorrência de erosão costeira em Atafona. “A erosão costeira no delta do rio Paraíba do Sul está muito bem mapeada, mas é preciso avançar mais na questão das causas, principalmente porque esse fenômeno pode ser gerado por causas naturais. A convergência de ondas, especificamente nas proximidades de Atafona, é considerada uma das principais hipóteses. Esse processo de erosão costeira poderá ainda ser intensificado pelos cenários das mudanças climáticas globais”.
Análise da linha de costa
A área analisada faz parte do Complexo Deltaico do rio Paraíba do Sul (CDRPS), especificamente na margem sul do delta, que abrange as localidades de Atafona e Grussaí. O Rio Paraíba do Sul possui uma extensão de aproximadamente 1150 km e percorre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Os estudos investigando a linha da costa foram realizados através de imagens de satélite e fotografias aéreas, com o uso de softwares que processam os dados e a análise da dinâmica da LC. O LAGEF-UFF possui uma rede de monitoramento contínuo de perfis de praia que conta com oito pontos distribuídos. Rocha afirma que os processos de erosão também foram analisados em uma escala temporal mais ampla.
A professora pontua que a primeira fotografia aérea de mapeamento da erosão costeira na área era de 1954, depois 1976, anos 2000 e por último paramos em 2018, ano da nossa última publicação. “Recentemente, avaliamos esses processos em uma escala mais ampla temporalmente. A análise foi feita por meio de métodos de datação por luminescência opticamente estimulada (LOE) nos truncamentos erosivos que estão como registro na planície costeira, imagens de satélite e análise estatística da movimentação da LC. Também utilizamos registros históricos, como, por exemplo, um livro antigo da fundação da cidade de São João da Barra, em que conseguimos identificar a posição da linha de costa no ano de 1630”.
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Thaís Baptista da Rocha é professora adjunta do departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), e vice-coordenadora do Laboratório de Geografia Física (LAGEF- UFF). Possui licenciatura, bacharelado e mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Por Kayky Resende
Divisão de Assessoria de Imprensa
Fonte: https://www.uff.br/03-10-2024/60-anos-de-erosao-em-atafona/
Tecendo Resiliência: Desafios das Mudanças Ambientais nas Zonas Costeiras
A Universidade Federal Fluminense, por meio do Departamento de Análise Geoambiental, irá sediar o XIV Encontro da Rede BRASPOR, com o tema “Tecendo Resiliência: Desafios das Mudanças Ambientais nas Zonas Costeiras“. O evento acontece entre os dias 27 a 31 de outubro, no Campus da Praia Vermelha, em Niterói.
O encontro tem como principais áreas temáticas a vulnerabilidade e riscos futuros na zona costeira brasileira e portuguesa; as interações Homem-Meio nas zonas costeiras e nas bacias hidrográficas, os serviços ecossistêmicos em áreas costeiras e marinhas; a evolução costeira e paleogeografia e as alterações climáticas nas zonas costeiras e bacias hidrográficas
Sobre a Rede BRASPOR:
A Rede BRASPOR é uma rede informal de caráter colaborativo entre cientistas, que tem como objetivo a pesquisa dedicada ao estudo dos sistemas costeiros dos dois lados do Atlântico. A Rede busca introduzir uma nova perspectiva sobre a relação Homem-Meio, através de abordagens mais abrangentes, que consideram tanto o ambiente natural quanto o papel do ser humano nesse.
Para mais informações e inscrições, acesse o link.
O Programa contribui para a formação integral de profissionais comprometidos com a ampliação do conhecimento científico, para o desenvolvimento e a comunicação da pesquisa e, de modo especial, a preparação para o magistério superior, com uma concepção acadêmica crítica e integrada do ordenamento territorial e ambiental das sociedades, de modo a capacitar mestres e doutores em conceitos, metodologias de investigação e análise do ordenamento urbano, regional e ambiental.
Reduzir os riscos de desastres (RRD) é o nosso grande objetivo e evitar perdas humanas é o objetivo principal.
É essa a principal contribuição da Academia atuando na identificação das ameaças, desenvolvimento de metodologias, capacitação e melhoria na qualificação dos profissionais que já atuam ou que irão atuar na redução de riscos de desastres no país.
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